Trio é condenado por críticas ao Habib's no Facebook
Três
mulheres de Piracicaba (SP) foram condenadas pela Justiça a pagar R$ 100 mil à
rede de restaurantes Habib's por organizar protestos contra a unidade no
Facebook. As informações são do G1.
A
sentença foi dada pelo juiz Marcos Balbido da Silva, da 2ª Vara Cível que
afirmou que as mulheres usaram as redes sociais nas como verdadeiro tribunal de
exceção. "Acusam, denunciam, condenam e aplicam a pena sem pensar na
repercussão de seus atos para os acusados que, na maioria dos casos, não têm
chance a uma 'apelação' em tal tribunal", escreveu. A decisão foi em
primeira instância.
O
conflito começou quando um cachorro entrou na unidade da Avenida Independência,
em Piracicaba. O animal foi retirado por uma funcionária, mas foi atropelado
assim que foi colocado para fora.
A
expulsão motivou manifestações de várias pessoas em um evento criado na rede
social com o nome 'Boicote Geral ao Habib's Piracicaba' que, segundo informou a
empresa, foi organizado só pelas três: uma funcionária pública, uma
desempregada e uma aposentada. Na época, vários internautas comentaram na
página do evento, cancelado horas antes.
Na
avaliação do juiz, o trio iniciou protestos contra a rede de restaurantes no
intuito de abalar a reputação da empresa. Ele disse ainda que elas induziram a
"sociedade a não consumir os produtos por ela (Habib's) fornecidos".
Em
defesa no processo, as mulheres afirmaram que são voluntárias de uma
organização não governamental de proteção aos animais e que não organizaram os
protestos, apenas reproduziram as matérias publicadas na imprensa à
época. Além de pagarem juntas os R$ 100 mil, elas terão que se retratar
nas redes sociais, sob multa diária de R$ 100 caso não peçam desculpas.
Multa desproporcional
O advogado do trio, Homero de Carvalho, disse que a decisão do juiz apresenta multa com valor desproporcional tendo em vista o tamanho da rede de restaurantes e a renda das acusadas. Carvalho disse ainda que o cálculo da multa de um caso como esse tem que ser feito com "equilíbrio entre quem vai pagar e quem vai receber". "Minhas clientes só agiram assim por se preocuparem com os animais", finalizou. Ele já entrou com o pedido de recurso contra a decisão.
Fonte: Consultor Jurídico
Nenhum comentário:
Postar um comentário